Aposentadoria: Ponto de Mutação – Boletim nº 174
Mudanças e transformações em geral assustam as pessoas e nem todos estão abertos a novas experiências. A tendência, quando se trabalha numa mesma profissão/empresa por muitos anos, é estabelecer rotinas difíceis de serem alteradas. Fica-se preso a hábitos, crenças e padrões de comportamentos em que parece pesado mudar. Estão certos os que dizem que é preciso que uma crise ou algo de impacto aconteça, para que a pessoa acorde e perceba outros mundos à sua volta.
A aposentadoria também surge como algo que impacta na vida da pessoa – um verdadeiro ponto de mutação. A interrupção das atividades que ocuparam parte principal da vida, o rompimento dos vínculos sociais, das rotinas diárias e dos hábitos, impõe uma mudança que gera sentimentos ambíguos e antagônicos. Ao lado da sensação de liberdade vem a preocupação com o desconhecido, a ansiedade de não saber como ocupar o tempo.
No inconsciente das pessoas, aposentado rima com desocupado, desatualizado, ocioso, inativo, improdutivo, fim do caminho e outros adjetivos mais depreciativos do que enaltecedores.
A transição para a aposentadoria é uma etapa importante na vida e traz uma série de sentimentos e questionamentos que podem contribuir para o aparecimento de problemas. É um complexo momento de ruptura com o mundo e o sistema que aí está e que fez parte intrínseca dos interesses durante a vida profissional e, dependendo da preparação, poderá ser enfrentado sem grandes problemas.
Para viver bem o 2º tempo da vida, é preciso conscientizar-se de que a vida não termina com a aposentadoria sendo necessário adotar atitudes inovadoras e criativas de forma a encarar esse período como uma rica e promissora travessia de uma etapa para outra da vida e não como fim do caminho.
Destaco algumas das várias reflexões na fase de transição para a aposentadoria:
• Aposentadoria: o que representa para mim? Como me sinto em relação a ela?
• O que quero ser quando não puder desfrutar do sobrenome e prestígio corporativos que a organização/profissão me emprestam?
• O que fazer com toda minha experiência depois de me aposentar?
• Como imagino minha biografia?
• Qual legado gostaria de deixar para a posteridade?
E é essa razão que considero a aposentadoria uma questão de cidadania e responsabilidade social que precisa ser resgatada. O desafio da sociedade e organizações é preparar seus servidores/colaboradores mais experientes, cidadãos ainda produtivos, para que possam encarar a nova realidade e enfrentar o mundo fora do trabalho formal com autoestima elevada e motivação necessária para novas atividades.
“Gostei imensamente do curso. Foi além do que eu imaginei. Foi nova a definição de desaposentadoria. Bastante reflexivo. Para mim ficaram duas coisas: primeiro sobre a minha preparação que, com este curso, percebi mais claramente meus pontos fracos. Aprendi que devo colocar em prática a melhoria deles, para que eu possa me preparar melhor. Foi forte. Em segundo lugar, estou participando de um Projeto de PPA e este curso somou muito, para meus estudos. Estou muito feliz e agradeço muito ao Girardi, que com toda sua dedicação e carinho, proporcionou TUDO isto para nós. Agradeço de coração e quero me colocar à disposição para fazer parte desta corrente de carinho e dedicação, pois considero um trabalho mais que humano, um trabalho de doação. Parabéns para toda equipe EAD também. Espero que tenhamos mais contatos, estou na fase de planejamento do meu projeto. Vamos nos falando…”(Silma Maria Ribeiro da Silva – Psicóloga – Presidência da República – 10/05/2013)
Aguarde para maio 2020 o lançamento da próxima turma do programa em EAD.
Que Deus o (a) proteja junto a seus familiares.
Um fraternal abraço e até o próximo artigo,
Armelino Girardi
Palestrante e consultor em desenvolvimento de pessoas é o criador e mantenedor do portal www.desaposentado.com.br e da escola virtual www.eadesaposentado.com.br