Que tal? Vamos influenciar nosso futuro? – Boletim nº 69
Comento com meus filhos e amigos que a vida é constituída, normalmente, por 4 etapas, cada qual em torno de 20 anos. Os primeiros 20 anos é o período da iniciação, das descobertas, da curiosidade máxima. O período seguinte é dedicado à formação profissional, ao aprendizado laboral, à especialização e ao início da formação material. Dos 40 aos 60 anos, o ser humano, via de regra, está pronto para a acumulação material e sua preparação para a última etapa. A etapa dos 60 aos 80 anos é a do usufruto, de realizar tudo aquilo que teve desejo de fazer e nunca pôde. Aí, há sempre alguém que pergunta: “você não comentou o período pós oitenta anos”. Bom, respondo eu, será uma grande oportunidade dada por Deus, desde que você esteja no gozo pleno das suas faculdades físicas e mentais. Mas, em não estando, pode ser um período de sacrifícios, seus e de seus familiares.
Tenho 70 anos e aposentei-me há 22, mais por insegurança e falta de autoconfiança do que para parar de trabalhar. Sempre gostei de trabalhar e sempre achei que a acumulação de experiência poderia um dia ser repassada para os mais jovens. Esse desafio me persegue, quando me passa ainda pela cabeça realizar um mestrado, mas como tudo na vida, isso vai e volta.
Ando com uma vontade danada de parar de trabalhar. Não o fiz ainda porque dependo de alguns investimentos que me proporcionam manter meu padrão de vida. Como isso está para acontecer a qualquer momento, é inevitável que também pense no que vou fazer quando parar, ou seja, vivo aquele momento em que tenho enorme disposição para continuar, entremeado por momentos de “chutar-o-pau-da-barraca” e ficar no ócio.
Nesses momentos, involuntariamente vem à mente o quê fazer quando parar. Ficar no ócio permanentemente não existe; trata-se de mera expressão para caracterizar o nada fazer, o afastamento dos compromissos profissionais, dos dissabores no ambiente de trabalho. Penso no convívio com a falta de ética e o rápido esgotamento dos prazeres que, teimosamente, ainda me fazem acreditar que são eternos. Enfim, parar com tudo isso e restabelecer a alegria da vida.
Sempre compartilhei com a minha esposa a preocupação com esse futuro. Somos muito ligados, nos amamos muito mais do que quando começamos nosso relacionamento.
Quando participei do curso do Mestre Armelino Girardi (16º PPA), deixei as dúvidas de lado. A esta altura já vou percebendo que o meu futuro não é só meu; é dela também. Assim como o futuro dela deve ter espaço pra mim. A dificuldade – e isso nunca havíamos enfrentado – é conciliar esses espaços de tal forma que ambos possam usufruir.
Explico melhor com exemplos: nos meus sonhos, minhas atenções se voltavam àquilo que eu gosto ou gostaria de fazer. Pescar – vou poder pescar quando quiser. Fazer passeios com a minha mulher para lugares que sempre estarão na minha vida, como Blumenau, praias de Santa Catarina e Florianópolis. O grande problema é que você não pesca todo o dia. Nem vai passear todos os dias. Ah, bom, vou reservar um espaço para visitar os filhos e os netos. E, mais, vou entrar numa academia para manter meu físico menos susceptível à ação do ócio. Mas, filhos e netos você os vê uma vez por semana ou por quinzena. Os avós talvez incomodem os netos com muita convivência. Bom, a academia vai ser a diferença. Todos os dias? Mas, pensava cá comigo, isso é tudo? Que mundo pequeno! Quanta falta de criatividade e de ambição! Estamos restritos a isso tão somente?
Nesses devaneios, comecei a imaginar se cada um dos programas a que me propunha, seria compartilhado com prazer pela minha esposa. Tive certeza de imediato que alguns não seriam. Assim como comecei a pensar que, talvez, eu não estivesse em todos os momentos que ela sonhava curtir um dia. Isso existe, é natural que exista e não significa desrespeito e muito menos falta de apego. Logo, se existe, preciso compartilhar isso. Em resumo, nada veio melhor do que a notícia de que poderia levar minha mulher ao curso do Girardi.
Passamos dois dias na companhia de outros casais e pessoas, casadas ou não. Compartilhamos idéias sem parar, aproveitamos todos os minutos de uma forma muito intensa, salutar e humana. Aprendemos a nos respeitar e nos tornamos amigos. Fechamos o curso com um cordão invisível nos envolvendo e poucos foram aqueles que não permitiram que a emoção fosse afetada por aquilo que estávamos recebendo. Foi algo superior e nos mostrou que somos, sobretudo, gente.
O meu grande aprendizado nesses dois dias? A descoberta de que vamos – minha esposa e eu – rever nossos conceitos para o período do far niente. Far niente, vírgula. Vamos ter de reescrever nossas vidas porque é inevitável a ruptura com o momento atual. Não se trata de ruptura violenta; trata-se, tão somente, de parar e, curioso, recomeçar. Recomeçar realizando os sonhos factíveis, que são tantos e tão compensadores que sequer imaginamos. Traduzir a nova fase em sequência de atividades prazerosas, que preencham os nossos tempos. A percepção de que teremos tempo, quiçá, para podermos compensar os menos afortunados com os nossos conselhos, a nossa ternura e as nossas companhias. Algo que escape ao individualismo vão e nos permita chegar mais próximos dos nossos princípios religiosos, sejam eles quais forem. Trata-se da busca do mais humano, do companheirismo, de que não estamos sozinhos e que, tampouco, uns são melhores do que outros. Trata-se da fase em que nosso vocabulário terá uma palavra apagada e jamais praticada: egoísmo.
Aprendemos muito, Armelino, e somos muito gratos por isso. Você, caro amigo, realiza um trabalho muito simples nessas atividades: você se transforma, aos poucos, no nosso despertador da vida. Como que a dizer quando a sineta começa a tintilar: “Vamos lá, minha gente, vamos lá porque só nós temos a possibilidade de transformar essa nova fase na melhor fase das nossas vidas”.
Olávio Schoenau
Consultor do Sebrae/PR
Este artigo vem de encontro com o projeto de aposentadoria. Ter claro que ao aposentarmos tremos todo o tempo do “mundo” para nós mesmos, logicamente compartilhando com o parceiro (a). O prazer vem antes do dever, ou melhor, podemos escolher o que fazer e tudo podemos fazer com prazer, pois temos todo o tempo a nosso favor, podemos dispor dele como bem queremos. Temos que apenas sermos nosso próprio gestor.
Normalmente quando conversamos com um recem-aposentado sua fala é a de que no início parece que estamos em férias, mas é preciso nos reprogramarmos, pois não sabemos ficar mais do que 30 dias sem nada a fazer, e este é o ponto fundamental . Concordo!
Esse artigo me faz ter ainda mais confiança nesta etapa de minha vida .Reforça meus planos de fazer tudo o que estiver ao meu alcance para realizar apenas tarefas prazeirosas sem horários a serem cumpridos .
Tenho certeza de que esta fase da vida que hora inicio será tão ou mais repleta de alegrias quanto as fases anteriores.
Olá Solange
Que bom que gostou do artigo do Olávio, seu conterrâneo lá de Blumenau. Eu, agora como desaposentado, posso testemunhar de que o 2º tempo da vida é bem mais prazeroso do que o 1º, mas é preciso ter um projeto pessoal de vida, com sonhos, ideais e atividades prazerosas para ocupar a cabeça, mente e coração. Você encontratá no curso duas ferramentais que a ajudarão a preparar-se para altos e novos voos.
O artigo nos mostra que a fase da aposentadoria deve ser prazerosa, que as pessoas devem usufruir o máximo possível, tempo com a familia, diversão, obrigações e ocupação mental.
Concordo plenamente que esta fase deve ser aproveitada o máximo possível, sem se preocupar com o tempo que leva para realizadar as suas atividades, melhora a mente e o organismo.
O Olávio está corretíssimo em seu artigo, aproveitando o máximo esta etapa da sua vida, me deixando mais ansionsa para meu momento.
O artigo “Que tal? Vamos influenciar nosso futuro? – Boletim nº 69”, é muito bom e nos faz repensar sobre a Aposentadoria. Como colocado no artigo a Aposentadoria de ser uma fase tranquila, descontraída e bem planejada. É a oportunidade de fazermos aquilo que gostamos, mas nunca tivemos tempo. É tempo de “sacudir a poeira e dar a volta por cima”, como a letra da música de Noite Estrelada. Parabéns pelo artigo e vamos seguir em frente, sempre! Abraços.
Vejo que estou no caminho certo, pois para mim aposentadira não é somente parar e estagnar, mas mudar o foco das coisas que fazemos dando a outras atividades um sentido a mais, e pensar sempre em recomeçar a criar novas oprtunidades, alterar nossos objetivos.
Tenho um milhão de coisas para fazer após me aposentar que acho que não terei tempo de parar e ficar ociosa.
Minha vida foi sempre pautada de muitas dificuldades e superação, por isso creio que vamos fazer dos nossos dias mais proveitosos e felizes tanto para mim como para meu amado esposo Renan.
Após ler o artigo do Olávio, percebi o quanto a vida tem sido generosa comigo me oferecendo oportunidades, sempre nos momentos certos.
Agradeço a empresa que trabalho hoje, por oferecer este curso bem na minha hora de despedida da vida laboral formal.
Iniciei minha vida laboral muito jovem, sempre amei lecionar.
Durante muitos anos, pegava pequenos cristais brutos e os ajudava na lapidação da sua formação, os alfabetizava, passava valores, estimulava a criatividade os acolhia e por aí vai.
Posterior esta prmeira fase dos 16 aos 23, já tinha especialização e então , busquei alçar novos voos e fui trabalhar em grandes empresas mas sempre voltada para educação.
Agora, sendo uma mulher madura maior de 50 e um pouquinho menor de 60, sinto-me preparada para desfrutar da “dolce far niente”.
Estou me preparando quase 1 ano, para este momento e estou muito feliz por tal decisão.
Vou fazer tudo aquilo que por muito tempo tive que postergar, mas agora é, a hora!
Agradeço a todos os envolvidos pela maravilhosa oportunidade !
Bem, não acho que à aposentadoria seja um bicho “papão”, pelo contrário é uma fase da vida em que tudo que deixou de ser feito podríamos aproveitar para fazer. O grande agravante é a falta de recursos para pormos em prática. Aí fica difícl é?
O artigo tenta mostrar que devemos traçar um projeto para a aposentadoria e nele incluirmos nosso companheiro, ou familiares enfim pessoas queridas com quem partilhamos a vida. Precisamos resgatar nossos sonhos, para nessa nova fase da vida colocarmos em prática e com isso preenchermos o tempo ocioso com qualidade e prazer.
O artigo mostra o relato de experiência bastante interessante do ponto de vista das expectativas (bem mais positivas do que negativas) para a inserção na vida de aposentado. Gosto da ideia de que aponta para a perspectiva do desempenho de atividades diferentes . É muito bom enxergar a possibilidade de se “ocupar” produtivamente sem que isso necessariamente esteja atrelado ao cumprimento de tarefas propostas por um vínculo formal e tradicional de trabalho.
O artigo mostra o relato de experiência bastante interessante do ponto de vista das expectativas (bem mais positivas do que negativas) para a inserção na vida de aposentado. Gosto da ideia de que aponta para a perspectiva do desempenho de atividades diferentes . É muito bom enxergar a possibilidade de se “ocupar” produtivamente sem que isso necessariamente esteja atrelado ao cumprimento de tarefas propostas por um vínculo formal e tradicional de trabalho.
Este artigo nos chama a atenção para a necessidade de incluir em nosso projeto de vida, as pessoas que amamos e que estarão conosco nesta nova etapa, assim como, a importância de planejar a aposentadoria.
Acredito que se “construirmos” nossa aposentadoria com equilíbrio e serenidade, conseguiremos “saborear” cada momento, seja de conquistas ou de mudança de hábitos.
Adorei a matéria e vejo que todos, sem exceção, passam ou já passaram pela exepriência da dúvida “O QUE FAZER DEPOIS”? É como se nossas vidas tivessem uma frenagem brusca e o motor do carro morresse..rs,rs,rs,rs Sinto-me privilegiada em participar desse curso para “aprender a desaprender”..ou seja, devemos aprender alçar novos caminhos, com roupas diferentes, não precisaremos mais usar saltos altos e estarmos com aquele pretinho básico, maquiadas impecavelmente, com ar de formalidade e representar seu papel de executiva ….rs,rs,rs.
ADOREI essa parte do ócio sem preconceito. Realmente temos que re-aprender nesse novo caminho ao qual nos levará onde quisermos e ao que almejarmos….seremos NÓS mesmos sem máscaras e sem interferências em nossas atitudes. VIVA!!!! Poderei dizer “Não tenho espelho em casa” …kkkkkk E ninguém fará comentários maldosos pelo simples fato de que agora estou na 3a melhor idade da vida. Tudo isso é muito fantástico. Vejo que será muito mais fácil do que imaginava pegar carona nessa viagem que é só de ida!!!
Parabéns ao Olávio e sua querida esposa pela lição de vida. Abraços e curtam muitos momentos juntos.
Poder nadar todos os dias, de repente, até duas vezes, manhã e noite…
Entrar para uma equipe de natação no mar, coisa que só dá tempo mesmo se aposentando.
E poder viajar na baixa temporada, ou qdo surgir oportunidade …
E fazer tudo o que não dá tempo: ir à feira, cozinhar altos pratos…
Pintar, desenhar, andar de bicicleta com os cachorros todos os diasssssssssss!!!!
Show.
Pra mim, seria a maravilha das maravilhas. Com o mesmo salário, então, o paraíso!
Um relato interessante adorei o artigo me fez refletir e pensar e preparar para minha aposentadoria porque só penso em trabalho e ajudar alguém de minha família que não está men ai pra min, preciso pensar no recomeço pós aposentadoria
Interessante, são coisas que sabemos e não fazemos. Estamos sempre na correria do dia a dia que não percemos que tudo tem inicio e fim. É trabalho, casa, filhos, escola, família, tanta coisa la fora que que podemos fazer, que o tempo vai continuar sendo pouco!
Parabéns, muito bom!
Adorei o artigo. Estou me preparando para o grande recomeço. Já adiei demais, agora vai… tenho até uma data!
Muito interessante a abordagem deste artigo, incluindo a família no nosso plano de aposentadoria, pois num primeiro momento, quando pensamos em aposentadoria, só pensamos em parar de ter responsabilidade, de ter compromissos, de cumprir metas, entre outras atividades laborais e esquecemos de planejar como será nossa vida após esta fase, pois é fundamental incluirmos, a nossa família (esposo e filhos) e nossos parentes. Sem esse preparo para o convívio familiar de forma integral, podemos nos tornar verdadeiros “estranhos no ninho”, o que não é nada agradável. Parabéns ao Olavo Shoenau, pelo excelente texto e parabéns ao Armelino, por seu projeto social em continuar trabalhando e ajudando aos futuros desaposentados a trilharem novos horizontes.
Adorei a abordagem. Nos faz repensar de como conduzir nossa aposentadoria.
A necessidade de metas, pois no in
Quero iniciar parabenizando Olávio Schoenau pela excelente abordagem. Nos faz pensar na necessidade de incluir nossa família,
de realmente prepararmos metas, pois no início é como estivéssemos de férias e depois…………………
Parabéns pelo artigo, estou há dois anos da aposentadoria e penso que está nova etapa seja proveitosa. O artigo que acabo de ler me fez refletir de como planejar e aproveitar o tempo da aposentadoria. Parabéns Olávio pela aborgagem do tema.
O artigo do Olavo Schoenau excelente por sinal, traduz exatamente o que se passa com a maioria de nós, fortes candidatos a aposentadoria: o medo da proximidade – sempre buscando desculpas para adiar; o sentimento de que a melhor coisa a fazer quando este momento chegar é absolutamente nada; e quando fazemos planos, mesmo que inclua a família, esquecemos de saber se é isto o que eles querem. Afinal o inicio da aposentadoria é o inicio de uma nova etapa de nossas vidas e temos que nos preparar para ela. O objetivo maior de me matricular, neste curso é justamente o de aprender a planejar este momento.
Eu não gostaria de parar de trabalhar na aposentadoria, apenas gostaria de “inventar” um trabalho de acordo com a nova realidade orgânica, embora não percebamos as mudanças em nosso corpo e mente, elas existem e nos cobram a cada instante novas posturas.
Este artigo me emocionou, pois vi nele um pouco da vida de meu marido que trabalhava muito em dois empregos para manter um padrão de vida. Num período em que sonhava com aposentadoria, falava que iria pescar, viajar, enfim todo sonho bom que havia na mente. Mas foi acometido por uma enfermidade no coração e precisou parar de trabalhar na marra. Ficou um tempão como peixe fora d’água, dormia acordava e falava que o tempo não passava, implicava com tudo e com todos, virou um insatisfeito, Tomou meu lugar em casa e como eu não estava acostumada, foi mais uma guerra, até que desistir e permitir que ele fosse a dona da casa, e foi ai que ele descobriu seu dom, o de cozinheiro, então ele passou a fazer vários pratos com as receitas da internet e ai todos foram felizes para sempre.
Muito interessante as respostas.
Fico feliz que as pessoas tenham esta visão sobre a sua aposentadoria.
Devemos nos posicionar diante da Sociedade e desfazer o preconceito
de que aposentado ou aposentados são uma nação no ócio.
O artigo mostra mais uma vez que a aposentadoria só elimina o estresse da responsabilidade de cumprir horários,
metas produtivas, etc. Se olhar com outros olhos, teremos isso sim, mas por escolha e o tempo que determinar.
Este artigo mostra que a “Aposentadoria” não é um “bicho de sete cabeças”. E sim, um começo de uma nova fase da vida.
Acredito que estou no caminho certo, tenho sonhos e inspirações e as ferramentas para realizá-los. Sempre me dediquei e conscientizei-me que qualquer trabalho manual é o meu melhor sentimento de realização. Desejo colocá-lo mais em prática e experimentar toda as formas de arte. Além disso quero curtir bons momentos de minha vida na área rural, “pé no chão” : plantando, cuidando e colhendo os frutos da terra. sem esquecer das pessoas que me são queridas. Estes são os meus incentivos de futuro de vida, pós aposentadoria.