Sonhar – Boletim nº 50- Novembro 2010

As maiores realizações da humanidade foram conseguidas por sonhadores. Portanto não deixe de sonhar e perseguir seus sonhos por mais prático e adaptado ao seu tempo que você seja.

Não importa com que se sonha e nem os recursos ou armas que se possua, mas a força com que se sonha.

Em 1929, um rapaz pobre de um país literalmente quebrado, sonhou com um rato. Desenhou e propôs a um gerente de banco financiar uma pequena revista que hoje é a Disney. Exemplos como esse existem aos montes.

Embora não existam fórmulas mágicas a serem seguidas, podemos observar alguns pontos comuns nos sonhadores que conseguiram realizar seus sonhos e aprender com eles algo que nos ajude.

Inicialmente existe um tempo de “gestação” onde tudo é confuso, nebuloso ou mal delineado. São quase “delírios”. Pensamos num turbilhão de coisas mirabolantes, sem sentido, geralmente impossíveis, inúteis e mágicas. Esses pensamentos loucos devem ter algum papel terapêutico que desconhecemos, mas lentamente, algumas ideias se tornam repetitivas e insistentes. Geralmente guardam relação com nossas vivências iniciais, coisas simples, brincadeiras da infância, coisas que foram apenas vistas ou tocadas, histórias, contos, mas que motivaram nossos pensamentos mais íntimos e passam a nos “incomodar” de forma insistente.

Essa “gestação” pode ser lenta, calma ou barulhenta, pode desaparecer e reaparecer quando menos esperamos, sumir definitivamente, ser substituída, melhorada, modificada.

 Pouco conhecemos sobre esse emaranhado interior de nossa mente, mas em algum instante alguma ideia se intromete e aparece e vai ficando forte e dominadora.

Seria bom manter os “canais abertos“ para que muitas coisas boas não se percam por desatenção, mas principalmente estimular o surgimento e aprofundamento destas ideias aparentemente loucas ou não.

  Uma boa sugestão é perguntar diariamente: quais são os meus sonhos? O que estou fazendo para realizá-los? Qual será o meu legado? Um pouco mais radical e estimulante é perguntar como eu gostaria de ser lembrado?

Quando então uma ou umas dessas ideias nos invade e incomoda, temos a opção de desprezá-las, tentar esquecê-las, e em alguns casos arrastar pelo resto da vida algumas lamentações incômodas ou abraçar a ideia e iniciar alguma ação no sentido de realizá-la. Desse ponto em diante, não é mais sonho, é uma meta.

 A meta é um alvo a ser atingido e pode ser conseguida ou não, mas quem não tem meta seguramente não atingirá nada.

A maior arma que se tem para se conseguir realizar algo é a persistência. Ela é superior à inteligência, à força física, às riquezas ou habilidades de qualquer natureza.

Essa “teimosia” tem seus riscos ou inconveniências, pode se tornar uma obsessão por algo que não é lógico ou atingível e haverá um grande desperdício de energia e tempo.

Estudar o assunto, discutir, manter uma postura aberta a mudanças de rumo, ajustes, é muito importante.

Outro perigo maior é que muitas pessoas vão insistir para que você desista. Lamentavelmente é uma postura comum e até malévola, pois a maioria delas nem conhece o assunto em questão.

Caso você as escute, poderá desistir de um projeto fantástico e se juntar aos que nada fizeram e seguirá se lamuriando ao longo da vida.

A criatividade deve ser sempre lembrada, estudada, pois é outra arma potente.

Se você não conseguiu algo que queria, provavelmente não foi persistente o suficiente ou não soube implementar uma estratégia inteligente e adequada, mas nunca procure justificar, caso contrário terá descoberto essa arma potente usada pelos fracos. Quem quer fazer encontra uma solução, quem não quer encontra uma justificativa.

 Dr. Perboyre L. Sampaio

 Médico Otorrinolaringologista-   HC/ USP

         

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