Os doze passos para uma transição de vida mais tranqüila – Boletim nº 80
Com que idade uma pessoa pode ser considerada “velha”? Imagino que ao ler os diversos artigos enviados pelo Clube dos Desaposentados, talvez você tenha chegado à conclusão de que o estado de velhice chega quando a pessoa para de sonhar, de tentar, de ousar, de querer ser útil; enfim, de querer aprender, de amar, de respeitar a vida…
Existem casos de pessoas idosas, algumas com mais de 80 anos, cursando universidades, estudando inglês, aprendendo informática, ocupadas e comprometidas com uma série de outras atividades prazerosas. E com a mesma energia, vigor, disposição para sonhar, realizar os sonhos de adolescentes.
Veja o paradoxo relacionado com a questão da idade: com mais de 50 ou 55 anos, uma pessoa pode presidir um país, mas não pode ser um auxiliar de escritório. A partir dos 40 anos as pessoas disponíveis são excluídas dos processos seletivos e quando já fazem parte do quadro da organização, grande parte delas deixa de ser cogitada nos planos de carreira e sucessão. Mas mesmo com essa idade, no entanto, a pessoa pode ocupar o mais algo posto da Nação.
Há vários exemplos que eu poderia mencionar para atestar o vigor, a capacidade produtiva e a utilidade dos considerados “velhos demais para o trabalho” por algumas organizações. A grande poetisa Cora Coralina publicou o seu primeiro poema aos 75 anos.
É preciso dar oportunidade aos aposentados e também aos idosos. Você poderá ter agradáveis surpresas ao perceber o resultado da virtuosa junção da impulsividade e vigor do jovem com a maturidade e experiência dos aposentados. Se todos agissem assim, seria possível resgatar a autoestima dos aposentados e reforçar sua cidadania. E aí, finalmente, poderemos admirar aquela conhecida poesia “Retrato”, de Cecília Meirelles, somente nos livros e não na vida real, sem passar pelo constrangimento de ver uma pessoa idosa, na sua solidão, murmurando diante de um espelho:
“Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil;
Em que espelho ficou perdida a minha face?”
O grande desafio de quem se aposenta é não cair na tentação da ociosidade. Ficar sem fazer nada, não alimentar ideais, sonhos e realizações pode levar à acomodação e, em alguns casos, à depressão.
É por esta razão que em 2011 escrevi sobre os seis estados da aposentadoria ativa e agora, em 2012, quero apresentar o que considero como os doze passos para uma transição mais tranqüila para a aposentadoria. Aguarde os próximos artigos.
Armelino Girardi
Palestrante e consultor em desenvolvimento de pessoas e autor do livro Desaposentado melhor agora, além de criador e mantenedor do Clube dos Desaposentados – www.desaposentado.com.br
Depoimento: Sr.Armelino, É muito gratificante saber que existem pessoas como o Sr. e sua equipe preocupados com o bem-estar do ser humano. Sou uma pessoa privilegiada por ter participado do seu curso, no BNDES e muito feliz em receber seus textos, que além de mostrarem realidade nos consolam e nos fazem ver a vida e aposentadoria de uma forma positiva, construtiva e cheia de oportunidades. (Beth Cortez – Recife-PE )
Faltam dois anos para me aposentar e não penso em ociosidade. Tenho um projeto de construir um complexo envolvendo três ideias: SPA, HOTEL FAZENDA E AEROCLUBE. Tenho o projeto e as propriedades, faltam sócios financeiros. Caso tiver como veicular, agradeço.
Mauro Evangelista
61-82234258
Olá Mauro
Grato pelo contato e parabéns pelos seus sonhos, tão importantes para o sucesso no 2º tempo da vida. Espero que você consiga realizá-los e o blog já é uma forma de divulgação.