Seja um voluntário – 8º passo na transição para a aposentadoria – Boletim nº 97
Quem não é solidário, acaba ficando solitário. O voluntariado se apresenta como o grande movimento social deste século, como um instrumento de transformação social com os mais nobres sentimentos de solidariedade e comprometimento com um mundo melhor. Ser voluntário não significa apenas ajudar o próximo, mas também envolver-se e comprometer-se com a preservação do meio ambiente, defender e fiscalizar direitos, entre outras nobres iniciativas.
A aposentadoria oferece uma grande oportunidade de servir. Refiro-me à nobre iniciativa de doar parte de seu tempo aos serviços comunitários. É a grande oportunidade de você devolver um pouco do muito que conseguiu e conquistou ao longo da vida profissional.
É hora da responsabilidade social crescer no Brasil. Não podemos nos esquecer de recompensar a maravilhosa herança que nossos antepassados nos deixaram. Ao nascermos ganhamos de graça toda a experiência acumulada de milhões de seres humanos anteriores à nossa existência. E qual será nossa contribuição? É nossa obrigação deixarmos para as futuras gerações uma herança maior do que aquela que recebemos, ajudando a construir um mundo mais justo, com menos exclusão e no qual a felicidade seja a nova moeda universal.
O espírito humanitário faz parte do ser humano e, quanto mais amadurece, tanto mais revela o desejo de troca e partilha. Os aposentados precisam sentir-se como cidadãos inseridos numa sociedade viva, atuante e formadora de opinião.
Quem mais credenciado e com maior credibilidade do que os maduros e sábios aposentados para reforçar os propósitos de minimizar as dificuldades da população brasileira menos favorecida economicamente? Nós, como aposentados, não podemos ficar indiferentes diante de tanta corrupção, tráfico de influências, venda de consciências, subornos e desperdícios. Também cabe a nós resgatar a ética e o respeito pelo ser humano e pela coisa pública. Afinal isso é exercício pleno de cidadania.
Cidadania é a disposição de contribuir pelo país, com responsabilidade e compromisso ativo. Significa fazer a diferença na sua comunidade, na sua sociedade, no seu país. Lembro as palavras proferidas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, John Kennedy em seu célebre discurso de posse: “(…) Não pergunte ao seu país o que ele pode fazer por você. Mas pergunte a si mesmo o que você pode fazer pelo seu país…”.
Muitas pessoas trabalham várias horas por semana em atividades não remuneradas, isto é, na condição de voluntários para organizações não governamentais ou para instituições sem fins lucrativos, como igrejas, hospitais, agências de serviço de saúde, e outras entidades. O que ganham com isso? A recompensa interior de estar contribuindo com o bem da humanidade e essa satisfação não tem preço.
Também vale lembrar a fábula do beija-flor: “Era uma vez um incêndio numa floresta. Todos os animais fugiam desesperados. Um beija-flor fazia um caminho diferente. Com o bico ele pegava água em um lago, e jogava no fogo. Um tatu intrigado perguntou: “Beija-flor, você acha mesmo que pode apagar o incêndio?”. O beija-flor respondeu: “Tenho certeza de que não vou apagar o incêndio, mas eu faço a minha parte”.
Ou então, como o caso daquele poeta que devolvia as estrelas do mar às águas. Mesmo sendo criticado por não ter capacidade de salvar todas, respondia aos críticos, olhando com amor para aquela que estava em sua mão: “Para esta aqui, o que estou fazendo é muito importante”.
Se um dos seus objetivos é ajudar aos outros, você encontrará a forma, pois as oportunidades de serviço serão infinitas. Basta praticar pequenos atos, frequentemente não notados. Há um ditado antigo que dia: “Dar é sua própria recompensa.” Quando você dá sempre recebe. De fato, o que você recebe é diretamente proporcional ao que dá. Quanto mais você dá de sua maneira especial, mais experimentará sentimentos de paz.
Se formos pensar bem, a vida não nos pede nada de heroico e extraordinário. É somente viver de forma intensa cada dia de nossa vida e fazer o melhor possível do que estiver ao nosso alcance. O que somos e fazemos têm um poder incrível de movimentar toda a existência e pode contribuir para melhorar o mundo. Somos parte integrante e, sem cada um de nós, o mundo seria imperfeito e incompleto.
Portanto, arregace as mangas e vá à luta. Transforme o serviço voluntário em parte essencial de sua vida, esbanjando gentileza, amor ao próximo e disposição para agir.
Que Deus o (a) proteja junto a seus familiares.
Um fraternal abraço e até o próximo artigo,
Armelino Girardi
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Caro Armelino,
Artigo humano e espiritualmente muito bem escrito. Certamente, partes dele vou incorporar as minhas palaestras.
Grande Abraço, OZil
Caro Ozil
Grato pelo contato e que bom que gostou do artigo. Que tal um artigo seu sobre seu trabalho voluntário?
Fico no aguardo.
Sr. Gerardi,
Muito bom seu artigo. Faz a gente pensar mais sobre o assunto. É um incentivo à prática da solidariedade, do fazer o bem, de ajudar ao próximo e é uma maneira de se sentir feliz. Infelismente só penso em fazer isso quando estiver aposentada. Que coisa, não é? Sei que, querendo, a gente pode fazer em qualquer situação.
Obrigada pelo insentivo,
Malu Monte
Muito bom e interessante, precisa determinação