AÇÃO – O 5º ESTADO DA APOSENTADORIA ATIVA – Boletim nº 68
Nos últimos boletins escrevi sobre o que considero como estados da aposentadoria ativa, tendo já abordado os estados do sonho, da ruptura, da redescoberta e da aprendizagem. Hoje vou falar do estado da ação.
Qual vai ser seu tempo? Como você vai se ocupar ao se aposentar? As respostas vão depender de seus sonhos, de sua ruptura com o mundo que até então tomou grande parte de sua vida, de suas novas descobertas e do investimento que você fizer em si mesmo. Este é o estado do empreendedorismo, da busca por novas atividades.
Caro leitor, olhe à sua volta e veja a situação de seus familiares e amigos aposentados. Como estão? Com certeza você vai verificar que os que andam desocupados vivem perambulando por aí, muitos deles reclamando de tudo e de todos, em conflitos internos e externos, além de doenças e vícios. Já aqueles que encontraram formas de se ocupar, por meio de alguma atividade e hobby, salvo problema de saúde que gere incapacitação, provavelmente conseguem manter sua autoestima elevada e, consequentemente, são mais felizes e realizados.
Quantas pessoas amadurecidas deixaram suas marcas já no entardecer de suas vidas! A história está aí para confirmar. Na verdade não há limites para o que você pode fazer, exceto os de sua própria mente. As novas atividades e ocupações deverão expressar um ideal e conferir sobrevivência pessoal e social, prestígio e estímulo para aproveitamento do potencial e integração no universo.
Existe um ditado que diz “se correr o bicho pega, se parar o bicho come”. Falta acrescentar, “se juntar o bicho foge”. Com isso quero dizer que na aposentadoria não precisaremos mais correr tanto, nem devemos parar repentinamente. Poderemos juntar todos os conhecimentos e experiências adquiridas durante os longos anos de trabalho e de vida, além de todo o tempo que teremos à nossa disposição para ocupar-nos com atividades significativas e que nos tragam prazer.
Costumo comparar os aposentados sem maiores aspirações com as águas paradas. Águas paradas ganham em tranqüilidade, mas perdem em vigor. Como aquele ditado popular, “águas paradas não movem moinhos”. Buscar refúgio em águas paradas é uma opção que limita nossas possibilidades. Já os que assumem a condição de desaposentados plenos têm o vigor e a força das águas correntes, que enfrentam – e superam – muitas barreiras antes de chegarem ao mar. Para os desaposentados assumidos e bem resolvidos, os desafios de cada dia não passam de marolas em sua jornada rumo ao mar. Mar de realização. Mar de felicidade. Mar de novidades.
Os desafios que nos propomos devem conter exigências que pareçam ir além de nossas forças. Só dessa forma poderemos descobrir nosso poder e conhecer nossas energias escondidas.
Lembre-se de que você tem vantagens competitivas e alguns diferenciais: um arsenal de conhecimentos adquiridos, experiências de vida, de trabalho e de relacionamentos.
A longevidade é diretamente proporcional à sociabilidade e ao senso de utilidade. Veja o caso do astronauta americano John Glenn, que aos 77 anos voltou ao espaço e deu um show de preparo físico.
Caro leitor, responda rápido: O que ainda não foi feito e está esperando para você criar? Qual a música que você vai tocar para o mundo ouvir?
Que Deus o (a) proteja junto a seus familiares
Um fraternal abraço e até o próximo artigo,
Armelino Girardi
Palestrante e consultor em desenvolvimento de pessoas e autor do livro Desaposentado melhor agora, além de criador e mantenedor do Clube dos Desaposentados – www.desaposentado.com.br
Armelindo,
Achei muito útil e interessante os artigos “estados da aposentadoria”, especialmente porque me encontro em algumas dessas fases. As mensagens positivas me fazem ver que posso lutar para ser realizada e plena. É uma jornada a ser vivida!
Um abraço,
Obs: Não recebi o texto do 4º estado (Aprendizagem)
Carminha
Grato pelo contato e que bom que gostou dos artigos sobre os seis estados da Aposentadoria Ativa. Um detalhamento de cada um dos estados consta do meu livro “Desaposentado:melhor agora”. O artigo do 4º estado está no blog e tb poderá acessar no site http://www.agirardi.com.br
A expectativa média de vida, no Brasil, no século XVIII, era de dezoito anos. Hoje, 74 anos! Acho muito coerente o movimento que você iniciou, Desaposentados, porque estamos vivendo cada vez mais. Porém, muitos, sem nenhuma qualidade de vida! Teremos que fazer e quem já fez, reformular o seu projeto para a aposentadoria. Estamos muito mais ativos, saudáveis e com mais oportunidades. Me recordo a dificuldade do aprendizado em minha área. Hoje, com a internet e outros meios a facilidade é imensa. Antigamente uma pessoa septuagenária era um “trapo”. Hoje com os cuidados de saúde, estética e atividades físicas ela pode viver plenamente, inclusive sexualmente! Só vive deprimido, levando o cão para passear, amargurado e sem expectativas o indivíduo que fizer muita força para isto. As oportunidades estão aí e o trem somente passa uma vez pela estação …
Caro Dr. Orlei
Grato pelo contato e pela sua contibuição. O objetivo do Clube dos Desaposentados é uma forma de aprendizagem contínua, proporcionando oportunidades de reflexão sobre temas relevantes. Entendo que a aposetandoria é uma questão de dignidade humana que precisa urgentemente ser resgatada e é nisso que se concentra meu esforço.
Abs
Armelino